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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia extraída de: ruidomanifesto.org 

 

LEIDE FERRAZ

 

( Cuiabá – Mato Grosso – Brasil )

 

Natural de Cuiabá, Leide Alcedina de Figueiredo, , é graduada e pós-graduada na área de pedagogia. Trabalhou durante 33 anos para o governo do Estado de Mato Grosso, sendo 17 anos como professora. Desde criança, sempre foi muito inclinada à leitura, demonstrando vivo interesse especialmente pela poesia. Possui considerável coletânea de escritos como: poemas, contos, histórias infantis, peças teatrais, etc. Em 1995, recebeu o primeiro prêmio no concurso “Zé Bolo flô, o poeta andarilho”, com o poema “Menino de Rua”. É integrante do Grupo Poetas Livres desde 2001 e do Coletivo Maria Taquara. Seu primeiro livro de poemas, 22 Poemas pra quem é “louco” por gatos & outros bichos, está previsto para ser lançado em breve.

 

Venho fazer um pedido

Muito profundo e conhecido

Ao que persiste em fazer queimadas

Que sem dó ou piedade

Prejudica a natureza

Causa danos à humanidade

 

Faço também um apelo

Ao que prende passarinho

Comete um grande desatino

Prisão é para o criminoso

Perigoso assassino

Não para esse inocente

Tão frágil e tão pequenino…

 

Deixe o pássaro solto

Para viver seu destino…

 

Não maltrate o cavalo

Cão ou gato, por favor

Não mate o sapo, seja humano

Ele não lhe causa dano

Não cometa esse crime atroz

Os animais são presentes

Que Deus deixou para nós

 

Não desmate as nossas matas

Horrendo crime ambiental

Que hoje te dá um lucro “esperto”

Mas num futuro bem perto

Isto vai virar deserto

Vai te causar muito mal.

 

 

PÉRGULA LITERÁRIA.  Poesias vencedoras do VI Concurso  Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro Pereira”. Valença, RJ: Editora Valença, 2004. 202 p.      Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

CINZAS DE NATAL

 

Vêm e vão natais...
Meu presente tão esperado
Jaz esquecido numa fresta do passado
Papai Noel, decrépito, décadas, após décadas
Sob um cobertor de poeira cósmica
Ressona profundamente
Debaixo de um pinheiro salpicado de neve
Vão e vêm carnavais...

 

Fantasias desfilam vazias
Tecidos pálidos, descoloridos
Crispados de lantejoulas envelhecidas
Cujos brilhos enxugaram sudários loucos
Nos blocos sórdidos, sem folia, sem alegoria
Há fragmentos de confetes amarfanhados
Encrustados nas rugas da austera máscara
Que dantes gargalhava
E as serpentinas, num inocente brincar
Vagam, reivindicando justiça pelo céu
São cordões umbilicais do feto que feneceu
Vedado lhe foi o direito de nascer
Não sorriu, não brincou, não viveu...
Dos meus natais e carnavais
Restauram cinzas, nada mais!

 

*

 

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Página publicada em novembro de 2021


 

 

 
 
 
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